Sabado 21.02.09
Hoje madrugamos e levantamo-nos antes do nascer do sol para nos juntarmos a mais um par de dezenas de pessoas que esperavam em fila que o Taj abrisse as suas portas. Acabou por abrir meia hora depois do previsto e perdemos a transicao da noite para o crepusculo mas ainda assim podemos vislumbrar a transformacao deste num belo amanhecer. Ao passarmos o primeiro arco deparamo-nos com a ja classica e mundialmente conhecida imagem do tumulo enquadrada pelos jardins e lencois de agua. Tentamos dissipar-nos da restante multidao e procurar o nosso recanto para que podessemos apreciar a metamorfose cromatica do marmore que transita do branco azulado da noite para o branco rosado do amanhecer. La encontramos um banco de jardim a sombra de uma grande arvore e por ali ficamos quase 1h30 a apreciar este edificio tentando perceber se realmente existe pese o facto de estar mesmo em frente dos nosso olhos! Ainda me lembro de ontem, quando pela primeira vez o vi desde a janela da nossa "suite", me questionar sobre a sua autenticidade ou se era apenas uma miragem entre a poluicao e o ruido de Agra! Agora que estou tao perto que lhe posso tocar comeco a aperceber-me de todos os pequenos e minuciosos detalhes que conferem a elegancia ao edificio apesar da sua grandiosa escala. Aproveitei para fazer um esquisso visto ser nestes momentos nos quais conseguir percepcionar os mais pequenos detalhes e ler o edificio de 1001 maneiras... e posso explicar-vos porque... porque mesmo para o olho treinado de um arquitecto quando nos deparamos com um edificio ou paisagem nao conseguimos, num primeiro momento, focalizar os pequenos detalhes que acabam por formar o todo. Primeiro fazemos uma leitura geral do "objecto" e apenas depois partimos para uma analise particular. Por isso este e' um exercicio do qual extraio enorme prazer porque permite-me ver por detras das cortinas e interpretar o edificio nas suas varias escalas apercebendo-me quer dos delicados e coloridos floreados decorativos cravados no marmore branco quer no posicionamento dos 4 minaretes que enquadram o tumulo e lhe conferem uma verticalidade pontual e redistribuem o peso. No entanto fiquei bastante desiludido com o templo no seu interior, muito escuro e praticamente despojado de decoracao, essencialmente visto ter sido confrontado a momentos com o seu involucro. Com o passar do tempo comecei a aperceber-me que se calhar a intencao era mesmo essa... como a celebracao da vida, de um passado e de um amor no seu exterior e a tristeza pesarosa e sombria da morte no seu interior, como uma concha muito bonita que por vezes encontramos a beira-mar para apenas segundos depois se revelar vazia e desprovida de vida...
De todos os modos despedimo-nos sabendo o porque de ser considerada uma das 7 maravilhas do mundo. Voltamos ao hotel onde esperamos pelo Pradeep para iniciar mais uma longa jornada. Comecamos pelo Forte de Agra, grandioso e muitissimo melhor preservado que o seu irmao mais novo em Delhi o que nos proporcionou uma visao muito melhor de como se vivia naqueles tempos visto a sua bem preservada e refinada arte ser um dos melhores exemplos da arquictectura Mughal no seu auge. Para alem disso, desde o alto das suas muralhas, proporciona uma espectacular e diferente perspectiva da paisagem com o Taj como pano de fundo.
Por volta do meio-dia partimos em direccao a Fatehpur Sikri no rickshaw do Pradeep e basicamente foi 1h30 de estradas esburacadas ponteadas por pequenos trechos de paisagem e cenarios exoticos. Pelo caminho o Pradeep teve de subornar varios postos de controlo da policia mas finalmente la chegamos a esta cidade fantasma do imperio Mughal abandonada devido a escassez de agua brevemente apos a sua construcao. Aquilo que mais me surpreendeu foi a grandiosa "Porta da Vitoria" que me deixou de boca aberta e me arrebatou completamente ao ponto de sentir a necessidade de me sentar e desenhar este gigante habitado por enormes colonias de abelhas. Nao so pelos os seus 54m de altura mas tambem pela sua imponente magnificencia com a qual pousa no topo da colina e domina a paisagem... com a sua escala brutal.
Apos mais 1h de estradas em muito mas condicoes terminamos o circuito historico-cultural com mais um por de sol no Tumulo de Akbar, o grande imperador Mughal desta vez habitado por pavoes, antilopes e os comuns esquilos e mais variadas aves.
Apos o por do sol voltamos para o rickshaw onde o Pradeep acabou por nos convidar para jantarmos em sua casa , conhecer a sua familia, onde a Crystal acabou por ser pintada com hina e tiramos centenas de fotos em "familia". Por volta da meia noite la nos decidimos a ficar a dormir mais uma noite em Agra e apanhar um comboio de manha cedo para Gwalior. O Pradeep levou-nos ate uma pensao perto da estacao de comboio onde nos despedimos com um abraco sentido e eu finalmente acabei por lhe pagar o que pude/queria, nunca suficiente para retribuir a bondade com a qual nos recebeu desde o primeiro instante.
Obrigado Pradeep!
De todos os modos despedimo-nos sabendo o porque de ser considerada uma das 7 maravilhas do mundo. Voltamos ao hotel onde esperamos pelo Pradeep para iniciar mais uma longa jornada. Comecamos pelo Forte de Agra, grandioso e muitissimo melhor preservado que o seu irmao mais novo em Delhi o que nos proporcionou uma visao muito melhor de como se vivia naqueles tempos visto a sua bem preservada e refinada arte ser um dos melhores exemplos da arquictectura Mughal no seu auge. Para alem disso, desde o alto das suas muralhas, proporciona uma espectacular e diferente perspectiva da paisagem com o Taj como pano de fundo.
Por volta do meio-dia partimos em direccao a Fatehpur Sikri no rickshaw do Pradeep e basicamente foi 1h30 de estradas esburacadas ponteadas por pequenos trechos de paisagem e cenarios exoticos. Pelo caminho o Pradeep teve de subornar varios postos de controlo da policia mas finalmente la chegamos a esta cidade fantasma do imperio Mughal abandonada devido a escassez de agua brevemente apos a sua construcao. Aquilo que mais me surpreendeu foi a grandiosa "Porta da Vitoria" que me deixou de boca aberta e me arrebatou completamente ao ponto de sentir a necessidade de me sentar e desenhar este gigante habitado por enormes colonias de abelhas. Nao so pelos os seus 54m de altura mas tambem pela sua imponente magnificencia com a qual pousa no topo da colina e domina a paisagem... com a sua escala brutal.
Apos mais 1h de estradas em muito mas condicoes terminamos o circuito historico-cultural com mais um por de sol no Tumulo de Akbar, o grande imperador Mughal desta vez habitado por pavoes, antilopes e os comuns esquilos e mais variadas aves.
Apos o por do sol voltamos para o rickshaw onde o Pradeep acabou por nos convidar para jantarmos em sua casa , conhecer a sua familia, onde a Crystal acabou por ser pintada com hina e tiramos centenas de fotos em "familia". Por volta da meia noite la nos decidimos a ficar a dormir mais uma noite em Agra e apanhar um comboio de manha cedo para Gwalior. O Pradeep levou-nos ate uma pensao perto da estacao de comboio onde nos despedimos com um abraco sentido e eu finalmente acabei por lhe pagar o que pude/queria, nunca suficiente para retribuir a bondade com a qual nos recebeu desde o primeiro instante.
Obrigado Pradeep!
MARAVILHADA...
ReplyDeleteCONTINUEM A ESCREVER AS VOSSAS CRONICAS QUE ME TÊM DELICIADO COM AS VOSSAS PERIPECIAS!
FICO CONTENTE POR TUDO ESTAR A CORRER BEM COMO PLANEARAM E CONTINUEM A DESFRUTAR DESSAS NOVAS E
FANTASTICAS EXPERIENCIAS...
QUERO MAIS FOTOS...MUITAS!
BEIJOS
Mas eu tenho um irmao arquitecto, ou tenho um irmao poeta??? hihiihih...
ReplyDeleteOlha... aproveitem... eu dava tudo para estar a fazer uma viagem dessas!!!
Um beijinho muito grande para os dois!!! =)